A Herdade do Reguenguinho
Bem pertinho do Cercal do Alentejo, encontrámos este pedaço de paraíso. Depois de alguns minutos na Herdade, é bem fácil de compreender porque é que a Susana e o Ricardo decidiram aqui ficar e transformar a casa num encantador resort.
O que a Susana não sabia quando leu o meu email, era que já nos tínhamos conhecido há uns bons anos atrás. A minha primeira visita ao Reguenguinho data de 2013, altura em que nasceu a minha paixão pelo Alentejo. Fiquei também enamorada por este sítio e pela forma como recebiam os seus hóspedes. Desde a prontidão de resposta durante o processo da reserva, até ao pequeno-almoço reconfortante, toda a experiência foi ótima. Agora, depois de alguns anos, decidi “voltar em trabalho”. A Susana, anfitriã e dona da Herdade, propôs que ficássemos na Suite Sexto-Sentido, concordei com entusiasmo pois apenas tinha visto fotos da mesma (lindas, por sinal) e nunca lá tinha pernoitado.
Chegámos ao Cercal do Alentejo, depois de uma viagem de 2h30, a juntar às 8h de trabalho desse dia. Cansados, rabugentos e com fome, fomos até“Ao Passarinho”, um pequeno restaurante/tasca alentejana, com aquela comida que parece saída da cozinha da nossa avó. A carne de porco à Portuguesa com um arroz de coentros de chorar por mais, o jarro de vinho alentejano da casa e o bolo de bolacha no final (clássicos que nunca saem da minha wish list) fizeram o seu trabalho e deram um boost no nosso humor.
Pelas 22h30 chegámos ao Reguenguinho, onde fomos recebidos pela Maria, uma das simpáticas anfitriãs que ajuda na Herdade desde 2009. A Susana estava fora, muito provavelmente a desanuviar de um verão bem cheio de trabalho, e por isso não nos pode receber. A Maria fez o tour de toda a casa, que estava exactamente como eu me lembrava. No final da visita, levou-nos à nossa suite. Depois de, no passado, ter ficado sempre numa das palafitas (bungalows) mais isolados, com janelas enormes e banheira bem no meio do quarto, pensei que a suite não fosse capaz de superar as minhas expectativas… Mas ultrapassou. “Uau” foi a palavra mais repetidas durante e logo após o check in. A Suite Sexto-sentido, um pouco retirada da casa principal, têm uma porta azul, de madeira maciça trabalhada, que faz contraste com as paredes com reboco alentejano cor-de-laranja, com aspecto meio rústico, meio marroquino. Ao entrar, o efeito “uau” continuou até saborearmos todos os detalhes (e provavelmente não vimos todos): desde a mobília original mas clássica, distribuída com um bom gosto incrível, até peças únicas de decoração, como a máquina de escrever, gira-discos, etc, toda a suite emanava harmonia, beleza e sossego.
Depois de uma noite bem dormida (a garrafa de Raposeira que estava no mini-bar poderá ter ajudado – obrigada Susana) numa cama maravilhosa e um banho divinal com vista para a planície alentejana, dirigimo-nos até à casa principal para tomar o pequeno-almoço. Fomos recebidos com cheirinho a café, bolo de chocolate caseiro e um grande sorriso das meninas que prepararam tudo. Sentamo-nos na esplanada, pois estava um dia bem agradável. Depois disto só me lembro de uma mistura maravilhosa de sabores: o salgado do queijo fresco de cabra, o doce do bolo de chocolate caseiro, polvilhado com açúcar em pó, o “azedo” do café fresco, em perfeita sintonia com o leve sabor do ex-libris desta refeição: as mini panquecas que se derretiam na boca mesmo antes de as mastigar… Hmmm… Sem dúvida a melhor parte do pequeno-almoço. Também adorei o sumo verde com hortelã (apesar de não ter conseguido perceber quais eram os seus restantes ingredientes).
Após farta refeição e um pequeno tour a tirar fotos da Herdade, fomos descansar e ler para a piscina. Sem qualquer tipo de distração, foi o momento mais tranquilo da viagem, onde entre namorisco e mergulhos, tivemos finalmente tempo para por a leitura em dia e descansar a alma do corre-corre do dia a dia.
Obrigada Susana pela maravilhosa experiência. Os nosso sinceros votos para que a Herdade do Reguenguinho dure e perdure.
staff
10
conforto
10
f & b
10
Total
10
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